Confira dicas para começar a exportar grãos

Um dos caminhos que podem ser trilhados pelas pessoas que iniciam um determinado negócio no setor agrícola e conseguem um crescimento nos negócios, que possibilita um investimento para que ele se torne mais lucrativo, é visar o mercado exterior. O Brasil é um dos maiores exportadores em diversos segmentos do setor agrícola, e esse título depende muito da iniciativa privada, mesmo contando com a ajuda de políticas de governo.

No segmento de grãos, a exportação acaba sendo um caminho ainda mais interessante por diversos motivos. Mesmo tendo que seguir uma série de protocolos e regras do mercado internacional, algumas que se colocam como barreiras econômicas e outras sanitárias, os grãos acabam sendo mais simples de serem enviados para o exterior do que outros produtos, como as carnes.

De uma forma geral, o cenário internacional também se mostra bastante favorável para este tipo de atuação econômica. Afinal de contas, a demanda por alimentos e grãos de uma forma geral aumenta com o passar dos anos, e muitos países dependem da produção de outros países para conseguirem manter os índices de segurança alimentar da sua população.

Mas, para quem está começando e que ainda não possui uma proximidade com o mercado internacional, a exportação ainda pode ser vista como uma operação bastante complexa. Mas existem algumas dicas interessantes que podem ajudar neste começo:

Crie uma boa rede de compradores

É muito importante que os responsáveis por negócios do setor agro que estão interessados em exportar consigam ter acesso ao mercado de uma forma geral. E isso se dá, especialmente, a partir de uma boa rede de compradores, que deve ser criada na medida em que o negócio vai se desenvolvendo.

É sempre importante ter em mente que o negócio de exportação não acontece de uma hora para a outra e acaba sendo o resultado de uma série de passos que precisam sendo dados os poucos. Vai ser muito improvável que um determinado negócio comece a exportar se ele nem consegue ainda vender seus produtos para uma cidade vizinha, por exemplo. Geralmente é uma sequência, começando a vender para regiões mais afastadas, até conseguir um mercado em outro país.

Invista em informação e treinamento

As melhores oportunidades só vão conseguir ser identificada pelas pessoas que realmente conhecem o mercado no qual está inserido e entenda como funcionam as regras para o seu segmento. Por isso, antes mesmo do negócio estar pronto para a exportação, é importante que os responsáveis já comecem a investir em treinamento e informação na sua área.

Antes de mais nada, é preciso dominar os assuntos relacionados a sua produção, entendendo muitos sobre o tipo de grão, todo o processo de colheita, as questões de sazonalidade, etc. E depois ir atrás do conhecimento que será aplicado na exportação em si, como as regras do mercado internacional, os países que buscam por este tipo de grão, as melhores épocas para exportar, etc.

Tenha uma boa gestão da empresa

Também é muito importante que a empresa esteja com todos os seus processos internos muito bem organizados para começar a exportar, uma vez que o começo destas operações geralmente podem ser considerados como de risco e realmente dependem de investimento. Por isso, é fundamental que o negócio tenha uma boa gestão de uma forma geral.

Mais do que garantir e manter um bom fluxo de caixa, uma empresa que tenha uma gestão adequada também terá mais clara a estratégia que será tomada para a exportação, entendendo tanto os riscos quanto os possíveis benefícios e resultados positivos.

Se informe sobre os créditos rurais

Como mencionado anteriormente, apesar da exportação ser um movimento da iniciativa privada, uma vez que o governo brasileiro não produz nada por conta própria no setor agrícola, é de interesse do país que a exportação aconteça, e isso faz com que sejam criados diversos benefícios para incentivar este tipo de movimento.

Por isso, as empresas que desejam começar a exportar devem buscar programas como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura), que concede créditos aos produtores rurais que podem ser utilizados justamente como uma forma de iniciar e potencializar um movimento de exportação.