7 Mitos sobre cozinha saudável que os nutricionistas querem que você pare de acreditar agora

Descubra a verdade por trás dos principais mitos da culinária saudável. Especialistas em nutrição derrubam crenças populares e revelam o que a ciência realmente diz sobre alimentação.

Publicado em 15/02/2025 por Rodrigo Duarte.

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No mundo da nutrição e culinária saudável, existem inúmeros mitos e crenças populares que continuam sendo perpetuados, especialmente nas redes sociais. Para ajudar a separar os fatos da ficção, reunimos um grupo de especialistas em nutrição para desvendar alguns dos mitos mais comuns sobre cozinha saudável.

7 Mitos sobre cozinha saudável que os nutricionistas querem que você pare de acreditar agora
Créditos: Freepik

O Mito do Vapor como Única Opção Saudável para Vegetais

Por muito tempo, acreditou-se que cozinhar legumes no vapor era a única maneira de preservar seus nutrientes. No entanto, a nutricionista Tessa Nguyen explica que existem diversos métodos igualmente saudáveis para preparar vegetais. Assar, grelhar e até mesmo utilizar o micro-ondas são opções que não só mantêm o valor nutricional dos alimentos, mas também podem torná-los mais atraentes e saborosos.

O uso moderado de óleos saudáveis, como azeite de oliva extra virgem, óleo de abacate ou de semente de uva, pode inclusive aumentar a absorção de nutrientes importantes. Estudos demonstram que a diversificação nos métodos de cocção está diretamente relacionada a um maior consumo de vegetais, contribuindo para uma alimentação mais equilibrada e nutritiva.

A Verdade Sobre Carnes Brancas e Escuras do Frango

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Existe um preconceito generalizado contra as carnes escuras do frango, mas a especialista Danielle Sanders revela que ambos os tipos de carne oferecem benefícios únicos para nossa saúde. Enquanto o peito de frango é rico em fósforo e vitaminas do complexo B, as coxas e sobrecoxas são excelentes fontes de ferro, zinco e riboflavina, nutrientes essenciais para nossa energia e sistema imunológico.

A gordura presente nas carnes escuras, quando consumida com moderação, desempenha um papel fundamental em nosso organismo. O segredo está em incorporar ambos os tipos de carne em uma dieta balanceada, considerando seus objetivos individuais de saúde e preferências pessoais.

Tipo de Carne Principais Nutrientes Benefícios
Branca (Peito) Fósforo, B12, B3, B6 Produção de energia, baixo teor de gordura
Escura (Coxa/Sobrecoxa) Ferro, Zinco, Riboflavina Imunidade, energia, sabor acentuado

O Mito do Álcool que Evapora Completamente

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Um dos mitos mais persistentes na culinária é a crença de que todo o álcool evapora durante o cozimento. A nutricionista Qula Madkin esclarece que, mesmo após longos períodos de cocção, sempre resta uma quantidade residual de álcool nos alimentos. Estudos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostram que o teor alcoólico remanescente pode variar de 4% a 95%, dependendo de diversos fatores.

O tempo de cozimento, a temperatura, o método de preparo e até mesmo o tamanho do recipiente influenciam na quantidade de álcool que permanece no prato. Para uma redução mais significativa do teor alcoólico, é recomendado um tempo mínimo de cozimento de 2,5 horas, embora ainda assim não seja possível eliminar completamente o álcool.

Desmistificando a Perda de Nutrientes no Cozimento

A crença de que o cozimento destrói todos os nutrientes dos alimentos é outro mito que precisa ser esclarecido. Segundo a nutricionista Marisa Moore, alguns nutrientes, como a vitamina C, podem ser reduzidos pelo calor, mas outros, como o betacaroteno presente nas cenouras, tornam-se mais biodisponíveis após o cozimento.

Para maximizar o aproveitamento nutricional, é recomendado consumir o líquido do cozimento quando possível, pois ele contém nutrientes solúveis em água. Além disso, diferentes métodos de cocção podem afetar os nutrientes de maneiras distintas, tornando importante variar as técnicas de preparo dos alimentos.

A Verdade Sobre Molhos para Salada Sem Gordura

O movimento dos produtos sem gordura dos anos 90 deixou um legado duradouro, especialmente quando se trata de molhos para salada. A nutricionista Vanessa Imus alerta que os molhos sem gordura frequentemente contêm mais açúcar para compensar o sabor e podem prejudicar a absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) presentes nos vegetais.

A gordura presente nos molhos não só ajuda na absorção de nutrientes importantes, como também contribui para uma maior saciedade após as refeições. O ideal é optar por molhos feitos com óleos saudáveis, como azeite de oliva extra virgem, rico em gorduras monoinsaturadas benéficas para a saúde.

O Perigo de Lavar o Frango Antes do Preparo

Um hábito comum, mas potencialmente perigoso, é lavar o frango cru antes do preparo. A nutricionista Amy Goblirsch adverte que esta prática pode espalhar bactérias prejudiciais por toda a cozinha através de gotículas microscópicas. Estudos mostram que estas bactérias podem se multiplicar nas superfícies contaminadas, aumentando o risco de intoxicação alimentar.

A maneira correta de eliminar bactérias nocivas é cozinhar o frango na temperatura adequada, utilizando um termômetro culinário para garantir o ponto ideal. É fundamental manter uma boa higiene, lavando as mãos e as superfícies de trabalho antes e depois de manipular carnes cruas.

  • Sempre use um termômetro culinário para verificar a temperatura interna do frango
  • Mantenha as superfícies da cozinha limpas e sanitizadas
  • Lave as mãos adequadamente antes e depois de manipular carnes cruas

A Verdade Sobre o Óleo de Canola

O óleo de canola tem sido alvo de muitas controvérsias, mas a nutricionista Vandana Sheth esclarece que este é um óleo saudável para o coração, rico em gorduras monoinsaturadas e ômega-3. Com um ponto de fumaça elevado (cerca de 200°C), é uma excelente opção tanto para cozinhar quanto para assar.

Embora existam preocupações sobre seu processo de refinamento e origem geneticamente modificada, pesquisas consistentes demonstram que o óleo de canola é seguro e benéfico como parte de uma dieta equilibrada. Para aqueles que preferem produtos menos processados, existem opções orgânicas e prensadas a frio disponíveis no mercado.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.