Dieta do DNA: Saiba como montar sua rotina alimentar a partir dos seus dados genéticos
Entenda como funciona a dieta do DNA.
As dietas normalmente são rotinas alimentares criadas a partir de determinadas necessidades das pessoas. Para que os alimentos sejam incluídos ou excluídos das refeições, e ainda possam ter suas quantidades definidas, os profissionais acabam tendo como base uma série de informações relacionadas aos efeitos que os itens acabam tendo no organismo.
Mesmo que os indivíduos tenham particularidades únicas, o conceito de medicina acaba levando em consideração justamente os efeitos médios que podem ser observados do consumo dos alimentos. A partir destas informações acabam sendo criadas dietas que podem ser adaptadas para diferentes tipos de pessoas, mas que compartilhem determinadas características.
Existem diversas dietas diferentes, e uma delas acabou se tornando mais conhecida justamente por oferecer uma escolha mais focada nas necessidades e também nas características individuais de cada pessoa. A chamada Dieta do DNA parte do princípio que o segredo para perder peso e também para tratar determinados problemas de saúde está no código genético de cada um.
O que é a dieta do DNA?
A dieta do DNA ainda pode ser considerada como uma promessa, mas que têm avançado na medida que a ciência também segue avançando. Ela está inserida dentro de uma área chamada de nutrigenética, que visa o foco na criação de uma alimentação geneticamente personalizada para cada indivíduo.
Essa área pode ser definida como o estudo dos efeitos de nossas variações individuais em resposta a nossa dieta. Essa área preocupa-se com o efeito das variações genéticas de nós, humanos, em relação aos nossos hábitos alimentares e necessidades nutricionais.
Essa dieta começou a ser desenvolvida a partir de um projeto de ciência associado ao projeto genoma, se concentrando nos estudos que encontram relações entre a nutrição e também o perfil genético de cada pessoa.
Em 2018, uma pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, constatou que indivíduos com alterações no gene FTO, envolvido na regulação da fome e da saciedade, emagreceriam mais facilmente com uma dieta proteica. O trabalho envolveu 1 400 pessoas e chegou a mostrar o impacto das diferenças étnicas nos desfechos: caucasianos e pessoas do sul da Ásia não tiveram o mesmo efeito que os descendentes do leste asiático.
Com exceção de gêmeos idênticos, todas as pessoas apresentam diferenças, mesmo que pequenas, nessas informações e são essas diferenças que nos fazem únicos.
A ideia é basicamente conseguir interpretar as informações que estão contidas dentro do código genético de cada pessoa e que estão relacionadas a forma como aquele organismo vai lidar com as questões nutricionais.
Principais benefícios da dieta do DNA
A ideia de ter uma dieta específica para cada pessoa com base nas suas informações genéticas se torna muito interessante. Afinal de contas, acaba sendo possível tratar problemas pontuais, ao invés de lidar apenas com generalizações para buscar as melhores alternativas.
De uma forma geral, ter acesso a um cardápio que seja criado especificamente para uma determinada pessoa a partir dos seus dados genéticos pode ajudar na cura de determinadas doenças, ou ainda buscar um maior equilíbrio hormonal, melhorar a disposição que as pessoas sentem no dia a dia, otimizar o bem-estar, dentre outros.
Como fazer a dieta do DNA?
A possibilidade de fazer uma dieta que seja completamente adaptada às questões genéticas das pessoas ainda acaba se tornando a principal barreira para que ela seja colocada em prática. E isso acontece basicamente em virtude do fato dela necessitar de um exame completo e detalhado relacionado a estrutura genética de cada indivíduo.
Já existem empresas especializadas neste tipo de serviço, que analisam o material genético das pessoas e conseguem obter uma série de informações, inclusive o fato daquela pessoa ter mais ou menos chances de desenvolver determinadas doenças.
Portanto, para as pessoas que estão interessadas em adotar a dieta do DNA na sua vida, o primeiro passo é buscar um profissional da área de nutrição ou de medicina, que poderá dar as devidas orientações e direcionar as pessoas para as empresas que fazem estes testes.