Síndrome da fadiga crônica: entenda o que é e os principais sintomas

Nem sempre as pessoas acabam dando a devida atenção para sintomas e sensações relacionadas ao cansaço. Especialmente nos dias de hoje, em uma sociedade que valoriza aquelas pessoas que estão, o tempo todo, de alguma forma, sendo produtivas. O cansaço muitas vezes é visto, do ponto de vista social, como “falta de vontade”. Mas, em muitos casos, este pode acabar se tornar um sintoma ou um problema sério de saúde.

A síndrome da fadiga crônica é considerada como uma doença e é caracterizada especialmente pelo cansaço excessivo que as pessoas sentem no dia a dia. Mas existem alguns critérios para que o cansaço possa realmente ser considerado como uma doença em si, sendo que um dos principais é o fato dele durar um período acima de 6 meses.

Além disso, para as pessoas que sentem este cansaço, não existe uma causa aparente para o desgaste. Mas ele acaba se tornando muito pior quando as pessoas realizam determinadas atividades, como as físicas e também as mentais. E, além de tudo isso, mesmo quando as pessoas conseguem descansar, elas não conseguem ter o sentimento de repor essas energias.

O que é a síndrome da fadiga crônica?

Diferentemente do cansaço que pode acabar surgindo como um sintoma de uma doença, a síndrome da fadiga crônica é considerada como uma doença. Ela também pode ser chamada de encefalomielite miálgica. Até o momento, a ciência médica ainda não possui uma causa estabelecida para essa doença.

Existem alguns fatores que acabam sendo levados em consideração e que podem acabar se tornando a causa desta doença. Um deles é o fato de que o problema pode estar relacionado a questões genéticas. Mas também existem algumas outras causas que surgem ao longo da sua vida, como fibromialgia, traumas físicos ou emocionais, ou até infecções.

Principais sintomas da síndrome da fadiga crônica

Os principais sintomas dessa síndrome está realmente relacionado ao cansaço excessivo que as pessoas sentem e que realmente deve ser considerado diferente do cansaço advindo de esgotamentos físicos e mentais. Para que os médicos consigam entender melhor esse quadro, o tempo que geralmente acaba sendo levado em consideração para o sintoma é de 6 meses, de forma ininterrupta.

Além disso, este cansaço segue mesmo depois que as pessoas conseguem descansar, seja com boas noites de sono, ou ainda quando elas conseguem tirar alguns dias de férias do trabalho, por exemplo.

Quando esse cansaço começa a causar outros sintomas e dificuldades na vida das pessoas, como um mal estar após a prática de atividades físicas ou depois de atividades mentais, esse acaba sendo um sinal que deve ser levado em consideração. Outros sintomas que também podem ser causados pela síndrome são os seguintes:

• Insônia noturna crônica;
• Sonolência excessiva durante o dia;
• Diminuição ou perdas de memória;
• Dificuldades de concentração, aprendizado e atenção;
• Dor muscular e nas articulações;
• Dores de cabeça frequentes;
• Tontura que piora ao passar da posição sentado ou deitado para em pé;
• Irritabilidade;
• Ansiedade ou ataques de pânico;
• Alterações de humor;
• Depressão;
• Perda ou ganho de peso;
• Náuseas ou vômitos;
• Suor noturno.

Como é o tratamento da Síndrome da Fadiga Crônica?

Existem alguns possíveis tratamentos para essa doença, mas ele vai depender muito de outros sintomas que estiverem atrelados e que podem acabar sendo identificados como possíveis causas. O médico que acaba sendo mais indicado tanto para o diagnóstico da doença como também para a indicação do tratamento é o clínico ou médico reumatologista.

Os tratamentos são indicados para reduzir os sintomas e melhorar a capacidade das pessoas na realização das suas tarefas diárias.

A psicoterapia, por exemplo, pode ser parte deste tratamento, especialmente quando utilizada com a terapia cognitiva comportamental. Ela visa reduzir o isolamento social e fazer com que as pessoas consigam encontrar o bem-estar.

Além disso, a indicação da prática regular de exercícios, mesmo para pessoas que estão se sentindo cansadas, também é encarado como um tipo de tratamento. E algumas medicações também podem ser utilizada, como os anti-inflamatórios, que ajudam no alívio das dores musculares e também nas articulações, e antidepressivos, para pessoas que são diagnosticadas como depressão ou ansiedade.